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14 de julho de 2011

Brasil evolui ofensivamente, vence e se classifica para as quartas


Por Wladmir Paulino
Teve direito a tudo: erros do goleiro, atacantes desencantando e muita tensão, principalmente no primeiro tempo. Mas o Brasil mostrou evolução ofensiva e venceu o Equador por 4x2 nesta quarta-feira (13), no estádio Mario Kempes, em Córdoba. A primeira vitória valeu a classificação em primeiro lugar no grupo B da Copa América. Nas quartas de final, o adversário será o Paraguai, no próximo domingo.

Das duas alterações feitas pelo técnico Mano Menezes para o jogo - Robinho no lugar de Jadson e Maicon no posto de Daniel Alves - a segunda surtiu efeito positivo mais rápido. O jogador da Inter de Milão chamou o jogo para si e os companheiros entenderam. O problema é que a forma de jogar deixou o time previsível.

Havia sempre um jogador para reduzir o ângulo de visão do lateral brasileiro. Tanto que os primeiros cruzamentos foram todos nas mãos do goleiro depois de desviar em algum defensor equatoriano. Enquanto isso, André Santos ficava subutilizado no lado contrário.

Some-se a isso a grande quantidade de passes errados, fruto muito mais de um posicionamento errado do que falta de qualidade técnica dos jogadores. O time jogava pouco agrupado, com os atletas muito distantes uns dos outros. No lançamento longo, o risco de erro é sempre maior. Somente na primeira jogada pelo lado esquerdo o gol saiu. Aos 28, André Santos mandou para a área e Pato entrou em velocidade pelo meio para completar de cabeça para as redes.
» Análise de Marcelo Cavalcante sobre a vitória do Brasil.

Apesar da dianteira no marcador, o panorama não mudou muito com exceção de um isolado contra-ataque bem coordenado entre Robinho e Maicon. O atacante do Milan chutou forte, mas acertou a trave esquerda. O Equador foi à frente e contou com a falha de Julio Cesar aos 37. Caicedo mandou rasteiro mas fraco. A bola passou por baixo do goleiro brasileiro, que demorou a se atirar. Nos minutos finais, o time equatoriano finalmente resolveu jogar e chegou a pressionar os pentacampeões mundiais.

No intervalo, Mano Menezes não mexeu no time e a dupla do Santos finalmente deu o ar da graça logo no início. Ganso recebeu pouco antes da meia-lua de costas para o gol. Ele girou e entregou para Neymar, que entrava na área. A Joia da Vila finalmente não fez firula: chutou forte, sem chance de defesa para Elizaga.

Mas o filme do primeiro se repetiu. Nova bobeira de marcação na frente da área e Caicedo recebeu para chutar rasteiro, desta vez com um pouco mais de força. A bola era defensável, mas Julio Cesar pulou atrasado e viu a bola passar. Com a defesa vacilante, o ataque resolveu mostrar serviço. Apenas três minutos depois, uma bela triangulação entre Robinho, Ganso e Neymar resultou no terceiro gol.

Neymar chutou e desta vez foi o goleiro Elizaga falhou. Deu rebote e Pato mostrou a coragem que todo centroavante deve ter ao entrar dividindo com dois adversários e fazer o terceiro. O quarto não demorou muito, pois o Equador sentiu o golpe e desestruturou seu sistema defensivo. Maicon aproveitou e, aos 26, fez jogada de linha de fundo e cruzou rasteiro. Neymar apareceu pelo meio e completou para o gol.

Com 4x2 no placar, o time passou a jogar menos tenso e os erros diminuíram consideravelmente. Houve até chance de ampliar, já que o Equador adiantou seus jogadores e os contra-ataques apareceram. Robinho, Fred e Maicon chegaram perto mas não concluíram com êxito.

Ficha do jogo:

Brasil: Julio Cesar; Maicon, Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva, Ramires e Paulo Henrique Ganso (Elias); Robinho, Alexandre Pato (Fred) e Neymar (Lucas). Técnico: Mano Menezes.

Equador: Elizaga; Reasco (Achiler), Norberto Araujo, Erazo e Ayoví; Noboa, Minda, Michael Arroyo e Méndez (Mina); Benítez e Caicedo. Técnico: Reinaldo Rueda.

Local: Mario Kempes (Córdoba). Árbitro: Roberto Silvera (Uruguai). Assistentes: Miguel Nievas (Uruguai) e Hernan Maidana (Argentina). Gols: Alexandre Pato, aos 28; e Caicedo, aos 37 do primeiro tempo. Neymar, aos quatro; Caicedo, aos 13; Alexandre Pato, aos 16; Neymar, aos 26. Cartões amarelos: André Santos e Noboa.

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