O Náutico, que vinha surpreendendo todo mundo com uma administração ‘pés no chão’, decepcionou desta vez. Ou melhor, voltou a mostrar o porquê de os clube locais viverem afogados em dívidas trabalhistas. Nesta última passagem pelos Aflitos, o técnico Hélio dos Anjos comandou a equipe por oito meses, conseguiu a permanência na Segundona deste ano, conquistou o Pernambucano 2021 e ainda fez uma campanha de encher os olhos durante grande parte do primeiro turno da Série B atual. Mas nada disso foi suficiente para que o experiente treinador recebesse, no mínimo, um pingo de respeito da diretoria timbu.
Tudo bem que a situação de Hélio ficou insustentável depois de cinco derrotas seguidas na competição, porém ele foi demitido sem receber o que tinha direito pelos serviços prestados. Logo após a dispensa, ele chegou a dizer que não colocaria o Náutico na Justiça e que estava à espera da diretoria para fazer um acordo.
Justamente por cansar de esperar, resolveu entrar com uma ação trabalhista, cobrando premiações e oito meses de FGTS atrasados, que chegam a algo em torno de R$ 1 milhão. É muita grana! Isso tudo mostra a falta de planejamento dos cartolas locais e afunda ainda mais as finanças dos clubes de Pernambuco. É lamentável!
