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20 de julho de 2019

Elba Ramalho espanta o frio durante show no FIG

A cantora Elba Ramalho foi uma das atrações mais aguardadas da segunda noite do Festival de Inverno de Garanhuns, nesta sexta-feira (19). Apresentando ao público do FIG o show “O Ouro do Pó da Estrada”, Elba fez a Praça Mestre Dominguinhos esquentar e estremecer com sua energia. No repertório, a cantora compartilhou canções que fazem parte do novo disco, incluindo “Calcanhar”, composição dos pernambucanos Manuca Bandini e Yuri Queiroga, além de ter revisitado os grandes clássicos da carreira.
As pessoas que estiveram no local puderam voltar ao passado com os sucessos “Chão de Giz”, “Leão do Norte” e “Frevo Mulher”; a artista também presenteou o público com releituras de Belchior e Cidade Negra. Revelando na metade do show que estava sentindo dores no corpo por ter contraído chikungunya, Elba não se limitou. Ela circulava pelo palco dançando, e chegou até a arriscar uns pulos nas músicas mais agitadas.
Deixando de lado o frio e o incômodo nas articulações, a cantora ainda teve pique para cantar no tributo a Jackson do Pandeiro. Ela subiu novamente ao palco e celebrou o centenário do artista paraibano na companhia de Silvério Pessoa, Zélia Duncan, Maciel Salu, Geraldo Maia, Lady Laay, Lucinha Guerra, Luiza Fittipaldi e Mari Periférica. Momentos antes de homenagear a obra de Jackson do Pandeiro, Elba Ramalho falou da relação que teve com ele.
“Tudo o que eu fiz com Jackson foi maravilhoso. Ele foi meu amigo íntimo. Foi uma experiência única ter cantado com ele. Até hoje eu o escuto e tento imitá-lo. Ele é uma escola, assim como Luiz Gonzaga e Dominguinhos”, declarou. Na homenagem, Elba interpretou duas canções, destaque para “A Ordem é Samba”, dividindo os vocais com Zélia Duncan.

Tributo a Jackson do Pandeiro sacode o FIG




por Paulo Uchôa



A estreia do Palco Dominguinhos reuniu milhares de pessoas, nessa sexta-feira (19), para prestigiar o centenário de Jackson do Pandeiro na segunda noite do Festival de Inverno de Garanhuns. Homenageado pelo FIG, Jackson do Pandeiro foi lembrado pelos artistas da cena musical pernambucana e nacional com um tributo emocionante. Comandado por Silvério Pessoa, o espetáculo dedicado ao artista paraibano juntou o talento de Elba Ramalho, Zélia Duncan, Maciel Salu, Geraldo Maia, Lady Laay, Lucinha Guerra, Luiza Fittipaldi e Mari Periférica.
Recebendo os convidados em esquema de rodízio, Silvério Pessoa abriu o show com a música “Cabeça Feita”, sucesso eternizado por Jackson do Pandeiro no disco “Isso é Que é Forró” de 1981, o último de sua carreira. O repertório foi escolhido com cuidado, e o público que enfrentou chuva e frio dançou ao som de “Quadro Negro”, que recebeu arranjos de rap de Lady Laay e Mari Periférica, “Cabo Tenório”, “Um a Um”, “Tum, Tum, Tum”, “Sina de Cigarra”, entre outros sucessos. Já Elba Ramalho dividiu os vocais com Zélia Duncan em “A Ordem é Samba”.
Enquanto se preparava para subir ao palco, Silvério Pessoa fez questão de dizer que o show não era seu, mas sim um resgate da memória e legado de Jackson do Pandeiro. “Ele é um artista grandioso e os artistas convidados foram traçados no ritmo do que cada um representa. [...] Essa homenagem tem um significado importante. É uma responsabilidade muito grande, de provar dessa pluralidade da obra de Jackson. A cultura pernambucana, nordestina e brasileira continua viva a partir da obra dele”, disse.
Acompanhando de perto as performances dos artistas, Geralda Miranda, sobrinha de Jackson do Pandeiro, cantarolava com gingado as letras que imortalizaram o seu tio na MNB: Música Nordestina Brasileira.