Foto: Guga Matos/JC Imagem
Na coletiva após o empate por 0x0 contra o Santa Cruz, domingo (1), o
técnico Moacir Júnior, visivelmente aliviado, até brincou e disse que
as “malas estavam guardadas”, uma referência de que não tinha previsão
de partir.
Bem, está na hora de tirar as malas do guarda-roupa.
A segunda-feira (2) foi de especulação sobre a saída do técnico do
Náutico. E o que surgiu como boato se concretizou como verdade no início
da noite, por volta das 20h, quando a diretoria se reuniu com o agora
ex-treinador, agradeceu pelos serviços e o informou da rescisão de
contrato.
Os dirigentes alvirrubros informam que não ha um substituto imediato.
Até por que em respeito ao profissionalismo de Moacir Júnior, tido
pelos próprios alvirrubros como um “profissional trabalhador” e que
“abraçou a causa” de treinar um time praticamente formado por jogadores
em formação, outro nome só iria ser informado após o anúncio oficial ao
técnico.
O próprio Moacir Júnior repetia insistentemente o desafio aos
jornalistas, durante as coletivas de imprensa do Náutico, de apontarem
um time com a tradição e tamanho do Alvirrubro que estivesse disputando
uma competição praticamente com elencos da base.
E não houve um jornalista a retrucar o técnico.
O que pesou contra Moacir Júnior foi a observação da diretoria de que
o time, apesar das visíveis limitações, poderia estar num patamar
melhor taticamente.
Quem coloca o time em campo contra o Piauí, quinta (5), na Arena
Pernambuco, pela Copa do Nordeste, é o assistente técnico Levi Gomes.
O desafio da direção do clube é encontrar um nome que, assim como
Moacir Júnior, tenha a coragem de encarar o desafio de treinar um time
inexperiente com uma torcida exigente e sedenta de títulos.