Chateado, Guedes deve mexer no time para clássico contra o Náutico

Por GloboEsporte.comRecife

Explicar insucessos é sempre complicado. Dificuldade estampada no rosto do técnico Sérgio Guedes, após ver o Santa Cruz ser derrotado pelo Santa Rita-AL, na última quarta-feira, pela Copa do Brasil. Chateado com a instabilidade do sistema defensivo, que sofreu 14 gols nos últimos seis jogos, o treinador disse que os atletas receberam as orientações necessárias para evitar as recorrentes falhas de marcação, mas não conseguiram pôr em prática o que foi trabalhado.

- Estamos nos perdendo durante o jogo. Precisamos reduzir os espaços do adversário e não estamos conseguindo. Se você dificultar o cruzamento ele sai mal feito e a finalização fica complicada. Esses erros já  foram identificados e cobrados. Se você se omite, prejudica o resto do time. Nessa partida foi o que aconteceu.

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Visivelmente irritado com a atuação da equipe, Sérgio Guedes deixou claro que deverá realizar mudanças para o duelo contra o Náutico, no próximo sábado.

- Temos que mudar a nossa concentração nos jogo. Precisamos ter frieza para avaliar qualquer mudança. O nosso grupo precisa encontrar uma regularidade. Para seguir no time é preciso ter essa regularidade e iremos avaliar.

Ainda de acordo com o treinador, além da desvantagem para o jogo da volta da Copa do Brasil, o Santa Cruz, de certa forma, acabou sendo prejudicado para o clássico diante do Timbu, pela Série B.

- Teoricamente a gente só tem a perder. Essa derrota pode não nos custar tanto, pois temos o jogo de volta, mas esse tipo de derrota tira confiança, não só do time, mas do torcedor. Para que isso não aconteça tem que se comprometer muito mais.

No primeiro clássico contra o Santa, Marinho se sente "intimo" do rival

Marinho espera Náutico com postura diferente contra o Santa (Foto: Aldo Carneiro / PE Press)

Será o primeiro Clássico das Emoções vivido por Marinho. Mas embora nunca tenha se visto diante do Tricolor, o atacante garantiu que conhece bem o adversário desde sábado, pela Série B. Atento ao que acontece no Arruda, o jogador acredita que o adversário não mudou muito com relação ao time que disputou o Campeonato Pernambucano.
- Será o meu primeiro clássico contra o Santa Cruz, mas tanto a nossa equipe como a deles, não tem como não se conhecer. Por ser uma equipe pernambucana, também nos acompanhamos muito. As duas equipes vêm de vitórias e eu acredito que vai ser um grande jogo.
Mesmo com o Náutico tendo 11 dias de preparação até o clássico, Marinho não vê vantagem do Timbu sobre o Santa Cruz, que enfrentou o Santa Rita-RN nesta quarta-feira e, com isso, terá apenas dois dias de treinamento.
- Eu preferia estar jogando. Ficar tanto tempo sem jogar é muito chato. Mas o Santa Cruz não está em desvantagem não. Eles podem se recuperar muito bem.
Na avaliação do jogador, o período te treinamento, porém, fez com que o Náutico evoluísse tecnicamente. No entanto, de acordo com Marinho, o Timbu precisará ter mais atitude se quiser vencer o Santa Cruz.
- O que podemos fazer de diferente é ter mais atitude dentro de campo. Quando temos esta postura o resultado vem. Temos que saber que clássico é um jogo bom de jogar.

Augusto César aparece entre os titulares e se diz pronto para domingo

Por Lucas LiausuRecife

Após dois meses, Augusto César reaparece entre os titulares (Foto: Aldo Carneiro / PE Press)

Há dois meses sem jogar pelo Sport, Augusto César viveu momentos difíceis nas últimas semanas, quando teve uma lesão na coxa direita, tentou voltar e acabou se machucando novamente. Mas o período negativo, ao que parece, ficou no passado. Recuperado, o volante foi escolhido pelo técnico Eduardo Baptista para a equipe titular, no primeiro coletivo visando o jogo contra o Flamengo, no próximo domingo.

- Estou em boas condições. Fizemos um coletivo na última terça-feira e estou me condicionando bem. Estou bem para jogar o jogo todo – disse o atleta, garantindo que o tempo sem atuar não o atrapalhará.

Embora a oportunidade tenha surgido durante um treinamento que não contou com o volante Wendel, por conta de uma amigdalite, e Régis, poupado, Augusto César mostrou-se empolgado com a chance de voltar a trabalhar entre os titulares.

- A lesão me prejudicou um pouco. Ninguém gosta de ficar de fora, mas agora voltei com tudo e para tentar buscar a minha vaga. Estou trabalhando firme e forte para isso. Quem sabe não dê para jogar nesse jogo.

Sem clube, Carlinhos Bala participa de jogo-treino contra reservas do Sport

Por Lucas LiausuRecife

Carlinhos Bala joga pela Agape em jogo-treino contra o Sport (Foto: Lucas Liausu/GE.com)

Campeão da Copa do Brasil de 2008 e bicampeão Pernambucano. O currículo do atacante Carlinhos Bala com a camisa do Sport o coloca num grupo seleto de jogadores que vestiram a camisa rubro-negra ao lado dos atuais atletas do clube Magrão e Durval. No entanto, ao contrário dos ídolos máximos da torcida, o baixinho não teve a mesma sorte no futuro da carreira. Hoje sem clube, ele participa de amistosos pelo time da Associações de Garantia aos Atletas Profissionais (AGAP-PE) e nesta terça-feira voltou ao Centro de Treinamento José de Andrade Médicis para um amistoso contra os reservas do Leão.

- Fiquei muito feliz em chegar aqui e ver o CT bem mais estruturado do que na minha época. É uma satisfação muito grande estar aqui e rever alguns velhos amigos e até vocês da imprensa, comentou Carlinhos Bala, que cumprimentou os amigos do Sport. Durante a atividade, chegou a abraçar o técnico Eduardo Baptista e o lateral-direito Vítor, com quem jogou no Sport em 2011.

O último clube profissional de Carlinhos Bala foi o Nacional-AM, onde fez apenas um jogo contra o Corinthians pela Copa do Brasil, mas ele garante que não encerrou a carreira.

- Estava no Amazonas e estou sem contrato agora. Aguardo propostas. Chegaram algumas sondagens, mas nenhuma me agradou por enquanto.

Em um dos muros do Centro de Treinamento do Sport está escrito um dos maiores orgulhos da torcida rubro-negra: "Campeão da Copa do Brasil de 2008". E a pintura, como não poderia ser diferente, chamou a atenção do camisa 11 daquela conquista.

- Quando cheguei, vi logo escrito no muro o título da Copa do Brasil e lembrei de todo o meu passado vencedor aqui no Sport. Isso é algo que me dá muito orgulho.

 

Carlinhos Bala reencontra amigos no Centro de Treinamento do Sport (Foto: Lucas Liausu)

Contra a crise, Luxa vira escudo para manter ambiente saudável no Fla

Vanderlei Luxemburgo não corre da batalha. Prefere encará-la de frente e se transformar em escudo para defender um grupo carente de vozes marcantes. Desde sua volta ao Flamengo tem sido assim. Não se furta a dar entrevistas e falou a frase esperada em tom de promessa para quem quisesse ouvir:

- O Flamengo não cai - afirmou Luxa, em entrevista à Rádio Globo na quarta-feira.

 

Vanderlei Luxemburgo tenta servir de escudo no Flamengo e garante que time não será rebaixado
(Foto: Cesar Loureiro / Agência O Globo)

Essa preocupação em ser escudo é justamente para evitar que o pessimismo pela situação do Flamengo no Campeonato Brasileiro atinja o ambiente criado depois da sua chegada. Mantém o otimismo, elogia seu grupo. Internamente, ele combate qualquer sinal de baixo astral.

E as palavras fazem eco no elenco. Apesar dos números do Flamengo no Brasileirão assustarem, os próprios jogadores demonstram tranquilidade até certo ponto surpreendente em entrevistas. Postura que é muito fruto da certeza que o comandante passa internamente da volta por cima. Para o goleiro Paulo Victor, a história de Luxa no futebol o dá o respaldo necessário para que o elenco não duvide de suas convicções.

- É um cara que ganhou mais de 40 títulos, é vivido, conhece bem o futebol, sabe como funcionam as coisas - destacou o goleiro.

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No discurso, trata a situação do Flamengo como um campeonato à parte. Compara os três pontos de diferença para o Botafogo, primeiro time fora da zona de rebaixamento, aos quatro que o Fluminense está atrás do Cruzeiro na disputa pela liderança. Não se intimida e não deixa que os jogadores se intimidem.

Na cabeça de Luxemburgo, o time estará como deseja a partir do jogo com o Coritiba, no dia 17, em Curitiba. Até lá, serão 25 dias de trabalho com quatro jogos. Começará então a conviver com rodadas no meio da semana e menos tempo de preparação entre um compromisso e outro.

Consciente da dificuldade em contratar reforços, trabalha com o que tem e tenta descobrir possibilidades. Viu em Lucas Mugni e Canteros esperanças de talento para seu meio-campo, assim como Eduardo da Silva deverá se tornar seu ponto de referência no ataque, ainda que atue ao lado de Alecsandro.

Os jogadores também reconhecem no treinador um escudo e sabem como sua personalidade e atitude podem ser determinantes para o time crescer. Domingo, contra o Sport, no Maracanã, será mais um passo na luta de Luxemburgo para evitar a queda de seu clube de coração. Otimismo a ele não falta.

Santa Cruz perde na Copa do Brasil e foca reação no clássico

Equipe do técnico Sérgio Guedes cometeu falhas defensivas. Foto: Diego Nigro/Acervo JC Imagem

Se o Santa Cruz pensava em usar a partida contra o Santa Rita, nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil, como ‘teste’ para o clássico contra o Náutico, no próximo sábado, no Arruda, pela Série B, terá que rever muitos conceitos, principalmente no que diz respeito ao sistema defensivo, que cometeu muitas falhas no gramado do Rei Pelé, em Maceió. Os pernambucanos pecaram na marcação, coletiva e individual, e viram os alagoanos saírem com a vantagem de 3×2 no primeiro jogo da terceira fase do mata-mata nacional. Tinga, Rafael Silva e Reinaldo Alagoano, em cobrança de um pênalti duvidoso, fizeram os gols dos donos da casa, enquanto Léo Gamalho fez os dois dos visitantes, que agora precisam vencer o jogo de volta, no dia 13 de agosto, no Arruda, para se classificarem para a próxima fase. O empate é do Santa Rita.

FICHA DA PARTIDA – SANTA RITA 3X2 SANTA CRUZ
Santa Rita – Jeferson; Edi, Júnior Carvalho, Celmo Lima, e Jeanderson; Cristiano, Teco (Adriano), Lucas e Tinga (Wagner Líbano); Reinaldo Alagoano (Júnior Amorim) e Rafael Silva. Técnico: Eduardo Neto.
Santa Cruz – Tiago Cardoso; Tony, Everton Sena, Marllon e Renatinho; Sandro Manoel (Emerson Santos), Everton, Danilo Pires e Carlos Alberto (Betinho); Pingo (Natan) e Léo Gamalho. Técnico: Sérgio Guedes.
Copa do Brasil. Local: Rei Pelé, Maceió (AL). Árbitro:  Devarly Lira do Rosario (ES). Auxiliares:  Fabio Faustino dos Santos e  Edson Glicerio dos Santos (ambos do Espírito Santo). Gols: Tinga (SR) aos 38 minutos do primeiro tempo; Léo Gamalho (SC) ao 5 e aos 14, Rafael Silva (SR) aos 22 e Reinaldo Alagoano (SR) aos 33 do segundo. Amarelos: Tiago Cardoso (SC), Everton Sena (SC), Jeanderson (SR) e Cristiano (SR).