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22 de dezembro de 2010

Ex-árbitro revela que foi ameaçado e crítica FPF

O engenheiro civil oficial da Aeronáutica, Adriano Siebra, 35 anos, tinha planos para seguir a carreira de árbitro de futebol. Começou a atuar em jogos do futebol amador em 2000, mas apenas em 2005 passou apitar nos jogos do Pernambucano e do Brasileiro das Séries B,C e D. Nunca atuou em um clássico estadual. E nem vai mais atuar, afinal resolveu pendurar o apito no ano passado. Sua última atuação foi na partida Sport 1 x 1 Ypiranga, na Ilha do Retiro, pelo Pernambucano. Desistiu da carreira de árbitro porque queria se dedicar mais à família e também ao ofício de engenheiros. Mas também ficou decepcionado com a falta de profissionalismo do futebol pernambucano. Na visita que fez ao Blog do Torcedor, Adriano Siebra revelou que chegou a ser ameaçado às vésperas da partida Santa Cruz 2 x 2 Central, pelo Estadual.

"Era uma partida decisiva para o Santa Cruz. Só a vitória interessava. Na véspera do jogo, recebi quatro ligações. Todas me ameaçando. Na última, já a caminho do estádio, disseram que iriam pegar minha esposa", revelou Adriano. O ex-árbitro não prestou queixa na delegacia. Conversou apenas com o chefe da comissão de arbitram da época, o ex-árbitro Kilber Alves, que o orientou a não atender mais ligações em dias de jogos.

Na entrevista, Adriando Siebra revela que os árbitros pernambucanos vivem sempre na pressão. O respaldo dado pela comissão de arbitragem é muito pequeno. "Na primeira reunião do ano, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Carlos Alberto de Oliveira, diz logo: "Se errar, trago árbitro de fora". Siebra revelou também que o presidente da FPF manda e desmanda na arbitragem. "Ele escala quem quer e afasta quem quer". Para ele, o sorteio da arbitragem é dirigido e que Chico Domingos, chefe da comissão da arbitragem, "é um apaixonado pelo ofício, conhece muito a parte técnica, mas deixa muito a desejar como um gestor".

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