Recife
Carlos Alberto sente a morte do torcedor Paulo Ricardo (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Jogar
sem torcedor nas arquibancadas. Não ouvir gritos de incentivo
e as vaias, tão comuns quando a equipe está mal. Trata-se de uma
situação
inédita na carreira do meia Carlos Alberto, que confessou estranhar a
situação
só por imaginar o estádio dos Aflitos vazio, na próxima quarta-feira, no
encontro
entre Santa Cruz e Lagarto-SE, pela Copa do Brasil. Melhor para o
adversário, que não vai sofrer com os apupos dos tricolores, analisa o
meia.
- Nunca passei por isso. Sem a torcida vai ser muito ruim. Não
sei como é jogar. Isso tudo pode ser um ponto-chave para o adversário. O que meu
treinador passar para mim, meu adversário também vai ouvir.
Os únicos espectadores da partida devem ser os moradores dos
prédios que cercam os Aflitos - tirando-se daí as pessoas que vão estar no
estádio para trabalhar no confronto. O jogador disse que só atuou uma vez com
prédios ao redor. Mesmo quando o Santa Cruz realizou um treino nos Aflitos, no
dia 7 de abril, não estava presente.
- Eu não conheço os Aflitos. Fato parecido é lá no estádio do
Mogi Mirim, em São Paulo. Tem dois prédios grandes, mas não tinha ninguém
gritando. Espero que as pessoas que estejam lá sejam a favor.
Além
de lamentar o fato, Carlos Alberto disse que entende o
motivo da punição que o Santa Cruz recebeu e lamentou a morte do
torcedor Paulo
Ricardo Gomes da Silva, atingido por um vaso sanitário atirado da
arquibancada do Arruda, após a partida contra o Paraná, pela Série B.
- A gente sente muito pela perda de um ser humano. Não só
aqui, como em outros estados. Há uma vaidade muito grande dos torcedores. Tem gente
que só pensa em si. Fico chateado por não jogar com o torcedor, como também
pelo falecimento de um torcedor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário