O treinador sabe que, se os resultados não vierem, a cobrança aumenta. Foto: Alexandre Gondim/ JC Imagem
Sérgio Guedes foi o treinador rebaixado com o Sport na Série A no final do ano passado. O imediatismo levaria uma analista apressado a crer que a torcida leonina não gosta dele . Nada disso. A queda para a segunda divisão foi sentida, claro, pelos rubro-negros, mas a luta pela permanência só chegou até a última rodada por conta do bom trabalho do técnico - sob cujo comando o time da Praça da Bandeira teve um nítido crescimento. No retorno ao clube, poucos meses depois, o comandante já conseguiu mudar a postura dos jogadores e vencer um clássico (em duas partidas). Com isso, reforçou seu bom relacionamento com a torcida.
Ele tentou explicar de onde vem a identificação com os rubro-negros. "Temos uma relação de empatia. Isso acontece, basicamente, quando há verdade dos dois lados. Quando tem verdade, as coisas acontecem tender a acontecer com mais facilidade", disse o técnico, que completou: "É difícil dizer que é por um ou outro motivo motivo específico. Às vezes você faz algum gesto, diz alguma coisa, sem pretensão nenhuma e isso repercute bem entre a torcida", comentou.
Guedes foi, também, objetivo. Ele sabe que o bom relacionamento também é motivado por vitórias - como a de domingo, diante do Náutico. "Os resultados também ajudam. Se começarem a vir derrotas, a torcida começa a cobrar. Com razão. A maneira como a equipe joga também favorece. E nisso tem muito mérito dos atletas, porque são eles que executam dentro do campo. A torcida sente quando o time está se entregando", falou. A relação de tranquilidade com os torcedores - tão desejada pelos treinadores- não é novidade para ele. "Isso aconteceu também, em Campinas, com a Ponte Preta, um clube em que eu passei anos, como técnico e como jogar", declarou.
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