Náutico soma quase R$ 30 milhões em vendas nos últimos 10 anos

Por: William Tavares

Vendido na semana passada ao Flamengo, o atacante Thiago se tornou a maior transferência da história do Náutico - o clube não oficializou os valores, mas especula-se que a quantia foi de R$ 7 milhões, restando aos pernambucanos 18% dos direitos econômicos do atleta. A negociação se junta a outras que, nos últimos 10 anos, renderam R$ 28 milhões aos cofres vermelho e branco. Em especial, a das três temporadas mais recentes alavancaram a importância do investimento na base alvirrubra.

O foco no recorte envolve as transações a partir de 2009. No início do período, o Náutico colecionou em sua maioria transferências de atletas que não foram formados na base. Foi assim em 2009, ao negociar o atacante Gilmar ao Guingamp, de França, por R$ 2,1 milhões. Nos anos seguintes, outros nomes entraram na lista como dos também atacantes Kieza (2013), vendido por R$ 1,4 milhão ao Shanghai Shenxin, da China, e Rogério (2015), que seguiu para o São Paulo por R$ 1 milhão. O zagueiro Ronaldo Alves foi transferido ao Sport, em 2016, por R$ 1,1 milhão.

Foi por meio da base, porém, que o Náutico provou que poderia extrair maiores lucros. Em 2010, o clube negociou Anderson Lessa ao Cruzeiro por R$ 2,6 milhões. Em 2015, a Raposa também levou Marcos Vinícius (R$ 1,9 milhão). No mesmo ano, Auremir se mudou para o Vasco por R$ 500 mil.

Até este ano, a maior venda da história do Náutico havia sido em 2013. O lateral-esquerdo Douglas Santos, de apenas 18 anos e com convocação para a Seleção Brasileira, fechou por R$ 4,5 milhões sua transferência ao Granada/ESP.

Em 2017, Erick foi vendido ao Braga/POR por R$ 2,8 milhões. O Náutico segurou as transferências em 2018, mas, em 2019, conseguiu três. Primeiro, negociou Robinho por R$ 1 milhão ao Bragantino. Depois, pelo mesmo valor, cedeu o meia Luiz Henrique ao Moreirense/POR. Por fim, após o título da Série C do Campeonato Brasileiro e o acesso à Segundona, Thiago pegou as malas rumo ao atual campeão da Série A e da Libertadores da América, o Flamengo.

Para 2020, as apostas do Náutico estão em cima da nova fornada de garotos da base, em especial o meia Wagninho, de 19 anos. "Eu me inspiro muito em quem passou pela base. Venho trabalhando firme e espero agarrar as oportunidades quando elas chegarem", afirmou.