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4 de setembro de 2019

Sem ambulantes, reaparece o casario no entorno do Mercado de São José

Diário de Pernambuco

Foto: Tarciso Augusto / Esp. Dp foto
Bastou a retirada de barracas, carroças e tablados de feiras das ruas que entornam o Mercado de São José, área central do Recife, para o bairro de São José ganhar novos ares urbanos. Nessa segunda-feira (2), no primeiro dia útil após a abertura da Rua da Praia e da Praça Dom Vital, o clima era quase de Ano Novo. Donos das lojas que ficavam escondidas por trás do boxes pintavam a fachada. Outros colocavam faixas e destacavam os nomes dos seus comércios. Na Rua da Praia, no trecho dos fundos do Mercado de São José, que era tomado pelo comércio informal, outro proprietário de loja limpava o lixo e o mato da marquise do seu prédio. Muitos que passavam pela área não deixavam de registrar aquele novo cenário.

Há quantos anos não se tinha a dimensão da arquitetura do Mercado de São José? A retirada do comércio informal do entorno desse equipamento público faz parte de um projeto de requalif icação que engloba não apenas as calçadas e vias, mas sobretudo toda a estrutura física do mercado. A proposta é tornar o equipamento um polo de atração cultural, artística e gastronômica, a exemplo do Mercado Municipal de São Paulo. Para isso, o equipamento vai passar pela restauração da histórica arquitetura até a reforma completa do atual projeto de engenharia. O projeto executivo já está sendo desenvolvido e tem previsão de conclusão no fim do próximo mês de dezembro, segundo a Autarquia de Urbanização do Recife (URB). 

Já no início do próximo ano será realizada a licitação. As obras, orçadas em R$ 8,8 milhões, serão viabilizadas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas. Com prazo de conclusão de dois anos, após o início das obras, a URB não informou quando os serviços de requalificação no Mercado de São José vão começar. Segundo a autarquia, as obras só começarão a partir de um planejamento que permita conciliar os serviços de engenharia e o trabalho dos permissionários dentro do mercado. “A URB esclarece ainda que além de facilitar o acesso ao equipamento, a retirada dos comerciantes informais do entorno do mercado faz parte da requalificação urbanística da área e que as calçadas adjacentes ao espaço serão requalificadas com a utilização de pedra lioz e seguindo os preceitos da acessibilidade”, informou a autarquia em nota.Atualmente, o funcionamento e gestão do mercado é de responsabilidade da Companhia de Serviços Urbanos (Csurb).

PAVIMENTO
Com a saída do comércio informal, o pavimento da Rua da Praia e da Praça Dom Vital está em completo estado de degradação. Segundo a Prefeitura do Recife, será realizada uma vistoria nos pavimentos para saber que tipo de serviços será necessário para a requalificação das pistas. “Agora que a área pública foi desocupada, técnicos da prefeitura vão levantar a situação do asfalto para elaborar um projeto de requalificação da via. Não pôde ser feito antes porque era preciso a saída do comércio informal para ver o real estado das pistas”, comentou o secretário de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc), João Braga.

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