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26 de setembro de 2019

Projeto das estações de BRT muda por causa de vandalismo

Por: Diario de Pernambuco

Foto: Peu Ricardo/DP. (Foto: Peu Ricardo/DP.) 
Cinco anos após a implantação dos dois corredores do Sistema Via Livre do BRT, o Norte/Sul e o Leste/Oeste, o modelo das estações com vidros espelhados vai sofrer alterações. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) estuda mudanças nos projetos para as nove futuras estações que ainda faltam ser construídas. A principal razão é o vandalismo. Dados levantados pelo Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano apontam que de janeiro a agosto deste ano já foram substituídas 250 placas de vidro das estações vandalizadas.

requentemente atingidas por veículos com altura superior ao teto e que usam a faixa exclusiva do BRT. Uma das alternativas é reduzir o tamanho da cobertura, como já foi feito na estação próxima à Prefeitura do Recife. Na mesma via, a Cais do Apolo, a Estação Istmo, que está sendo recuperada, também terá a cobertura encolhida para evitar ser atingida pelos veículos altos. “Além da mudança no projeto para as futuras estações, à medida em que fizermos a recuperação das coberturas faremos a adequação no tamanho para evitar mais danos”, revelou o secretário da pasta, Marcelo Bruto.

Os projetistas também estudam mudanças no piso das estações. O material usado na superfície é de alumínio. Do início do ano até o mês de agosto, houve a reposição de 150 placas de alumínio que foram furtadas nesse período. De acordo com Marcelo Bruto, as peças são removidas com ajuda de uma chave de fenda em horários em que não há movimentação nas estações. “A placa de alumínio pode ser vendida, cada uma, por cerca de R$ 50. Os projetistas estão estudando o que pode ser melhorado nas estações futuras, pois já sabemos o que não funcionou bem no modelo atual, e serão feitas as adequações necessárias”, explicou o secretário.

As estações trouxeram conforto com os ambientes climatizados, mas não demorou para se perceber que manter tudo em perfeito funcionamento não sairia barato. A manutenção de cada pontos sai por R$ 15 mil mensais. A reposição dos vidros é a parte mais cara. “Do ponto de vista da arquitetura, as estações em vidro são muito bonitas, mas falando como engenheiro eu diria que a solução  exige uma manutenção mais cara”, revelou Paulo Beltrão, coordenador de engenharia e manutenção do Grande Recife Consórcio. 

Desde o início do ano foram feitos oito consertos de cortinas de ar, reposição de 40 extintores e recuperação de 18 monitores. Também foram trocadas 100 defensas - as barras de proteção que ficam na entrada das estações. O Via Livre Norte/Sul permite a ligação dos municípios de Igarassu, Cruz de Rebouças, Abreu e Lima, Paulista e Olinda ao Centro do Recife. Atualmente com oito linhas e 26 estações, o corredor atende 66 mil usuários nos dias úteis. A expectativa é que opere com 28 estações.

Já o Via Livre Leste/Oeste possibilita que passageiros de Camaragibe se desloquem ao Centro do Recife por cinco linhas em operação. Este corredor conta atualmente com 16 estações em funcionamento e atende 63 mil usuários nos dias úteis. A expectativa é que opere com 23 pontos. Após dois dias desativada por vandalismo e furtos, a Estação Riachuelo, no Recife, voltou a operar ontem à noite. Também ontem, a Prefeitura de Camaragibe anunciou que será instalada uma parada na Avenida Belminio Correia, Centro.

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