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3 de fevereiro de 2015

Porque a Arena será a “casa” dos três da Capital

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A forma como a FPF mudou o regulamento com a bola rolando ao inverter o mando de campo do Sport – e futuramente o do Santa – para a Arena Pernambuco, em dois clássicos contra o Náutico, foi arbitrária e indefensável, e acabou contribuindo negativamente em um debate que é importante para o nosso futebol e também para o nosso bolso.
Afinal, necessariamente não quer dizer que a ideia de os três clubes mandarem seus jogos lá é um absurdo.
Nunca é demais lembrar que, desde o inicio, a “conta” da Arena só fechava com a participação dos três da Capital. Isso foi dito e repetido nas dezenas de entrevistas que o então secretário da Copa, Ricardo Leitão, cansou de proferir antes da entrega do equipamento, em 2013.
Com o contrato fechado só com o Náutico, a tal “conta” não fecha. E como o Governo – leia-se, nós contribuintes – somos o fiador desse empreendimento, a cada prejuízo anual o rombo é tapado com o dinheiro de nossos impostos.
Não é necessariamente culpa do Náutico, como vem se falando, que não conseguiu ainda atrair seus torcedores a pegarem a BR rumo à Arena. Mesmo se o Alvirrubro fizesse a sua parte, a engenharia financeira do empreendimento estaria sob risco, pois sempre contemplou a participação dos três clubes.
A Arena tem sido paciente, até porque prejuízo não vem tendo, na busca dos os outros dois pretendentes de mansinho. O primeiro de ambos a aderir deve ser o Sport, caso leve em frente a construção da própria arena. E como o Santa também cogita em ampliar o Arruda, o pessoal do “Consórcio” está esfregando as mãos.
Ir para a Arena, ainda de acordo com o plano original envolvendo os três grandes, não seria o fim dos antigos estádios como palcos para os jogos, afinal, é improvável que Náutico, Sport e Santa mandassem todos os jogos lá. Haveria, fatalmente, choque de datas. Com isso, cada clube chamaria cerca de 20 partidas na temporada, podendo realizar as demais onde bem entendesse.
Repito: esse era o plano original, não sei como ele seria desdobrado com o cenário de o Náutico ter sido o primeiro a assinar o contrato.
Um dos problemas envolvendo esse cenário esbarra na mobilidade, pois até agora ninguém explicou o que danado aconteceu para o metrô passar ao lado da Arena, e não, chegar até lá. Houve tanto puxadinho nas obras da Copa, não custava nada mais um, e ao contrário dos demais, por um ótimo motivo.
Pessoalmente, eu acho que a Arena como “lar” dos três clubes é uma questão de tempo. Como a urgência cada vez maior dos clubes em correr atrás de dinheiro, o poder econômico vai conseguir aos poucos dobrar os cartolas, de maneira menos rude do que foi agora, alterando sem a mínima cara-de-pau o regulamento a seu favor.  Mas que serviu muito bem para mostrar a força que tem.

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