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12 de março de 2013

Pernambucana Yane Marques ainda espera o reflexo do bronze em investimentos


JOHN MACDOUGALL/AFP
Há exatamente sete meses Yane Marques subiu no pódio olímpico para receber a medalha de bronze em Londres. Esperava-se, então, mais atenção e investimento ao pentatlo moderno brasileiro. Na verdade, ao esporte como um todo, diante das conquistas e da próxima olimpíada acontecer no Brasil. E a espera continua. Pelo menos até o fim do mês, quando existe a promessa da implantação efetiva do Bolsa Pódio.

O programa é um braço do “ousado” Plano Brasil Medalhas, lançado em setembro do ano passado, pela presidenta Dilma Russef, em Brasília. Tem como principal foco conceder um aporte financeiro a atletas brasileiros com reais chances de subirem ao pódio na Olimpíada do Rio, em 2016. Algo que já devia estar acontecendo há algum tempo, houvesse um planejamento realmente sólido. Mas ficou para depois, mais precisamente a pouco mais de três anos para os Jogos do Rio.

Ainda é expectativa porque a espera, nesse caso, ainda não é pela liberação de valores. É pela portaria que regulariza o programa. A intenção do Comitê Olímpico Brasileiro é publicá-la em março. Ela conterá os critérios para obtenção da ajuda mensal. Somente os atletas de modalidades individuais terão direito ao Bolsa Pódio, conforme determina a Lei 12.395/11. O valor máximo é de R$ 15 mil.

Espera que, apesar da demora, anima. “Estive em Brasília duas vezes depois que retornei de Londres. E, na última vez, o ministro Aldo Rebelo apresentou o programa e mostrou de onde vem o dinheiro. Estou muito feliz”, declarou Yane Marques, segunda colocada no ranking mundial de pentatlo moderno.

A pernambucana estende a alegria por saber que toda sua equipe também será contemplada. Em nove anos de trabalho e parceria, ela nunca teve condições de efetuar pagamentos aos treinadores, fisioterapeutas e preparador físico. “Até a academia, a Life, que malho é de graça. Fiquei muito contente com essa possibilidade, pois nunca deu para remunerá-los. França, Metre, Dutra, Jackeline e Leguito estão comigo desde o começo. Só consigo pagar Marcela, que é minha psicóloga. É assim que tenho vivido”, acrescentou a atleta.

Renda
Para saldar as contas no final do mês, Yane utiliza o salário de terceiro sargento do exército e os valores da Bolsa Atleta estadual (nesta, Yane recebe apenas 50% do valor) e federal. Mesmo tendo retornado de Londres, em agosto do ano passado, com a inédita medalha de bronze no peito, a atleta não conseguiu nenhum tipo de patrocínio. Que alguém se lembre disso na hora de aplaudir as medalhas conquistadas em 2016, e, principalmente, na hora de cobrar resultados melhores.

147
é número de atletas que estiveram no Rio na edição 2012 da Copa do Mundo

35
é número de países foram representados

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