Lateral Betão era eficaz no apoio |
Títulos e reconhecimento
Betão fez história no Sport. Estará para sempre cravado nos lauréis rubro-negros pela conquista do primeiro título nacional. Não apenas por ter ganho o Brasileiro, mas por ter sido um dos principais jogadores daquela equipe. Os feitos de Betão na Ilha do Retiro, porém, não pararam por aí. Conquistou ainda títulos pernambucanos, como os de 1982 e 1988. Se as saudades dos torcedores rubro-negros são grandes, a dele é maior ainda. "Foram tempos vitoriosos. Sem dúvidas, a melhor fase da minha carreira como atleta. Devo muito ao Sport e até hoje recebo esse reconhecimento. Entrei na seleção da história do clube como o melhor lateral-direito e isso me deixou imensamente emocionado", declara.
Seleção Brasileira
Foram poucos os jogadores que, atuando em Pernambuco, conseguiram ser convocados para defender a Seleção Brasileira. Uma dezena apenas. O alvirrubro Nado, os tricolores Givanildo Oliveira, Nunes e Carlos Alberto Barbosa, além dos rubro-negros Roberto Coração de Leão, Adriano, Jackson, Leomar, Chiquinho, Bosco e, ele, Betão. Em 1983, logo após a eliminação do Brasil na Copa do Mundo do Espanha, disputada no ano anterior, o lateral acabou sendo chamado para uma excurssão do time nacional pela Europa. Carlos Alberto Parreira, atual coordenador técnico do Brasil, era o treinador. Foram quatro jogos - contra Portugal, País de Gales, Suécia e Suíça. O atleta leonino, no entanto, só atuou nos dois primeiros. Para ele, a experiência foi válida. "Já havia me destacando no Sport quando fui chamado para a Seleção Brasileira de Novos. Me destaquei novamente, e o Parreira resolveu me chamar para a equipe principal. Fizeram muita festa para mim na Ilha", recorda Betão.
Talento mostrado por Betão despertou o interesse do técnico Carlos Alberto Parreira |
Betão foi homenageado pelo Sport, em 2007, pela conquista do título nacional - vinte anos antes |
Foram incontestáveis as passagens de Betão no Sport. Gaúcho de Pelotas, o lateral foi revelado no clube homônimo de sua cidade natal. Além do Leão, defendeu também o América do Rio de Janeiro, Internacional, Portuguesa, Guarani e Santos. Em nenhum deles, conseguiu o mesmo destaque que obteve na Rubro-negro do Recife."Fui para a Portuguesa e Guarani, mas não rendi a mesma coisa. No Santos, passei rapidamente. A minha casa mesmo era a Ilha", relata.
Atualmente
Hoje, aos 50 anos, 17 depois da sua aposentadoria, Betão vive em São Paulo, capital. Coordena o clube esportivo da Polica Militar e dá aulas de futebol para garotos em uma escolinha que mantém em Taubaté. Os vínculos com o Sport e com o Recife, contudo, não se findaram. O ex-jogador é casado Kátia, natural de Pernambuco. Faz questão de visitar a cidade da sua mulher, que o acolheu nos seus tempos de atleta. "Ainda tenho muitos amigos aí no Recife, inclusive jogadores daquele time de 87, como o (volante) Rogério", pontua.
* Magrão; Betão, Aílton, Durval e Dedé; Leomar, Dinho, Ribamar e Betancour; Traçaia e Ademir. Técnico: Nelsinho Batista.
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