Há quase um mês no cargo, Mancini já convive com pressão e poucos reforços

"Os critérios foram técnico e tático", disse o técnico, sobre as dispensas

Desde que chegou ao Sport, a vida do técnico Vágner Mancini tem sido desconfortável. Após conseguir mudar a cara da equipe e acertar o sistema de marcação, o time rubro-negro perdeu força e três jogos seguidos. Crise. A impaciência com a ausência de reforços tomou conta da torcida e até do próprio comandante, que rebateu as críticas pelas improvisações usando a ausência de peças como justificativa. Depois de um mês e nove dias no comando do time, Mancini já convive com a desconfiança no seu trabalho. Apesar de comandar bons treinos durante a semana, ele tem pago parte da conta pelo desacerto da diretoria que tem encontrado dificuldade para contratar.

Na tarde dessa terça, o treinador voltou a comentar o cenário caótico na Ilha do Retiro. Ao contrário da postura mais incisiva e impaciente apresentada após a derrota para o Internacional, Mancini se apresentou mais calmo e voltou a frizar que os leoninos ainda sofrerão mais um pouco no começo da Série A. "Tem que analisar friamente. O Sport vem de uma Série B, perdeu o Estadual e está se reformulando durante o Brasileiro, que é o campeonato mais difícil do mundo. Vamos sofrer um pouquinho", avaliou.

O clima de cobrança, porém, fez Mancini antecipar os fatos. Mesmo com a diretoria apresentando grande dificuldade para contratar, ele decidiu liberar seis atletas: Wagner Silva, Germano, Diogo Oliveira, Thiaguinho, Jheimy e Jael. "Os critérios foram técnico e tático. Na minha maneira de ver eles não se encaixam no que queremos aqui", disse.

Com o elenco ainda mais limitado, o treinador terá mais uma missão dura para quebrar a sequência negativa do Sport na Série A. Finalista da Copa do Brasil, o Coritiba recebe o Rubro-negro antes de enfrentar o Palmeiras na primeira partida da decisão. Se serve de alento, Mancini contará com dois retornos. Milton Júnior e Marquinhos Gabriel, ausentes no duelo contra o Internacional por força do contrato, estão de volta.

Brenno Costa - Diario de Pernambuco