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4 de fevereiro de 2012

Em jogo de arbitragem polêmica, Náutico e Santa Cruz empatam em 2 a 2 nos Aflitos


Helder Tavares/DP/D.A Press

A arbitragem de Emerson Sobral foi o ponto negativo do empate entre Náutico e Santa Cruz em 2 a 2, neste sábado à noite, nos Aflitos. Erros à parte, o Clássico das Emoções fez jus ao nome. Antes de a bola rolar, as palavras favoritismo e Náutico estavam do mesmo lado. Mas o desenrolar da partida tratou de separá-las. O primeiro tempo deixou uma falsa impressão. Depois de ser dominado e sair no lucro com o empate em 1 a 1, o Santa Cruz encurtou, dentro de campo, a distância entre as Séries C e A do Campeonato Brasileiro. Prejudicado com um erro do árbitro no primeiro gol do Santa, o Náutico foi beneficiado já nos acréscimos da segunda etapa, quando Sobral marcou um pênalti inexistente sobre Souza. No fim, sobraram queixas dois dois lados. O saldo? Empate no gramado e mais uma derrota da arbitragem no Campeonato Pernambcuano.

O resultado não impediu o Náutico de reassumir a liderança momentânea do certame, com 16 pontos. O Santa dorme no G4, é quarto colocado, com 11. Neste domingo, porém, o Salgueiro tem a chance de reassumir o primeiro lugar, enquanto o Tricolor deve perder algumas posições no complemento da rodada. O gol no apagar das luzes manteve a invencibilidade de quase dois anos do Náutico nos Aflitos em jogos do Estadual. Já são 25 partidas.

O apagão do início do clássico contra Sport talvez justifique a postura elétrica do Náutico desde o primeiro minuto. Aos 10 minutos, Souza tramou bela jogada com Cascata na entrada da área coral. Apesar de ter marcado a falta sobre Souza, posteriormente Sobral acatou a marcação equivocada do assistente Ubirajara Ferraz de um suposto impedimento de Cascata. Enquanto alguns jogadores do Náutico reclamavam com Ubirajara, Carlinhos Bala, esperto como de costume em dia de clássico, saiu jogando rapidamente. Acionado em velocidade, Flávio Caça-Rato disparou pela direita, invadiu a área, e tocou com categoria na saída de Gideão. Gol para explodir a parcela tricolor nas arquibancadas dos Aflitos e revoltar a alvirrubra.

Antes do lance, o Náutico já mandava no jogo. Diego Bispo, Souza e Eduardo Ramos estiveram perto de abrir o placar antes dos 9 minutos. Depois do gol, o cenário permaneceu o mesmo. A superioridade alvirrubra continuou visível. E na sequência da primeira etapa o Timbu criou mais quatro grandes oportunidades de gol, duas delas claríssimas, ambas desperdiçadas por Cascata. Aos 23, porém, o camisa 9 não perdoou. Siloé aproveitou falha de Leandro Souza e achou o companheiro bem posicionado na entrada da área. Desta vez o chute saiu seco, no canto esquerdo, sem chances para Tiago Cardoso. Além de um chute de Léo de fora da área, o Santa só chegou com perigo mais duas vezes, sempre com bolas levantadas na área, o maior calo do frágil sistema defensivo timbu.

No segundo tempo, tudo mudou. Nem tudo, é verdade. Mesmo o Náutico tendo voltado sem o mesmo ímpeto, o Santa só chegaria de maneira incisiva aos 14 minutos. Aí, brilhou a estrela do técnico zé Teodoro, que havia trocado o volante Anderson Pedra pelo meia Luciano Henrique. Deu certo. No seu primeiro lance efetivo, Luciano ganhou uma disputa de bola com Souza e foi a linha de fundo. O cruzamento encontrou as pernas de Elicarlos, que, atrapalhado, rebateu contra a própria meta. Após o segundo gol tricolor, o Náutico, que já não era nem de longe o mesmo do primeiro tempo, acusou o golpe.

O jogo então ficou equilibrado. De nada adiantaram as mexidas de Waldemar Lemos. Os lances perigosos do Náutico no segundo tempo, poucos, foram lances esporádicos. Derley chegou a acertar o travessão num deles. Em outro, mandou a bola rente à trave. Exposto, o Timbu passou a ceder cada vez mais terreno ao adversário, que não teve forças para aproveitar os contra-ataques. Já nos acréscimos, quando a fatura parecia liquidada, Emerson Sobral viu pênalti inexistente em Souza. Ele mesmo cobrou e decretou o empate de um dos clássicos mais polêmicos dos últimos tempos.

Ficha do jogo

Náutico 2

Gideão; Lenon (Dorielton), Marlon, Diego Bispo e Jeferson; Elicarlos, Souza, Derley, Eduardo Ramos, Cascata (Berger) e Siloé. Técnico: Waldemar Lemos

Santa Cruz 2

Tiago Cardoso; Eduardo Arroz, Leandro Souza, André Oliveira (Everton Sena) e Dutra; Anderson Pedra (Luciano Henrique), Memo, Léo e Natan (Sandro Manoel); Flávio Caça-Rato e Carlinhos Bala. Técnico: zé Teodoro

Local: Aflitos
Árbitro: Emerson Sobral
Assistentes: Ubirajara Ferraz e Clóvis Amaral
Gols: Flávio Caça-Rato (aos 11 do 1 T); Cascata (aos 23 do 1 T); Elicarlos contra (aos 14 do 2 T) e Souza, de pênalti, aos 48 do 2 T)
Cartão amarelo: Derley, Marlon, Eduardo Ramos, Souza, Elicarlos (N); Arroz, André Oliveira, Caça-Rato, Anderson Pedra, Dutra, Leandro Souza, Sandro Manoel, Léo e Carlinhos Bala (S)
Público: 15.072
Renda: R$ 151.720

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