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22 de novembro de 2010

STJD avisa que vai investigar suposto acordo

O procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, prometeu ontem investigar a denúncia feita pelo volante Adílson de que o seu clube, o Vila Nova, e o Náutico haviam combinado que a partida entre eles, disputada no estádio dos Aflitos, no Recife, anteontem, pela Série B, terminaria empatada, resultado que deixaria os dois mais confortáveis na tabela. “Mas, infelizmente, os pernambucanos fizeram essa trairagem com a gente”, reclamou o volante goiano em entrevista dada à Rádio 730, de Goiânia, na saída do campo, depois da goleada por 4x1 aplicada pelos donos da casa.
“Investigar eu vou, mas a verdade é que esse é o tipo de caso complicado. Na hora de desabafar no microfone, todos são corajosos. Quando vêm ao tribunal, geralmente o jogador afina e diz que foi mal-interpretado”, comentou o procurador, deixando a entender que o atleta da equipe goiana será chamado para depor.
O suposto acordo foi negado veementemente não só pelo técnico Roberto Fernandes, mas também por três jogadores do Náutico (Geílson, Walter e Wescley), que conversaram com a imprensa depois da tumultuada partida nos Aflitos, que teve cinco jogadores expulsos: Mimica, Jorge Henrique e David, do Vila Nova, e Erick Flores e Jeff Silva, pelo Náutico. Aliás, tais expulsões foram motivadas pelas discussões entre os jogadores sobre o tal acerto.
Com a goleada sofrida no Recife, o Vila Nova continua em posição delicada, na 16ª colocação, com os mesmos 43 pontos do Brasiliense, o primeiro clube da zona do rebaixamento. A equipe goiana tem a vantagem de possuir uma vitória a mais (12x11). O Náutico subiu para o 12º lugar, com 48, e está livre de cair.
OPINIÃO
Roberto Fernandes negou que qualquer acordo tenha chegado aos seus ouvidos. Segundo ele, o zagueiro Leandrão, do Vila, veio cobrar a suposta marmelada ao final do jogo. “Ele falou que alguns jogadores tinham combinado uma situação que o empate seria bom para todo mundo e por um motivo ou outro não deu certo. Isso me chegou após o jogo. Não posso falar por outros, apenas por mim. Em clube nenhum, principalmente no Náutico, jamais trabalhei com o objetivo que não fosse a vitória e lamento profundamente que o Vila Nova queira colocar um ponto negativo no trabalho que fizemos aqui”, disse.
Sobre o futuro, o treinador, que salvou o timbu de um rebaixamento pela terceira vez – evitou duas quedas para a Série B em 2007 e 2008 –, informou que tudo ainda vai depender de conversas com a diretoria. “Vamos ter reunião com a diretoria por estes dias. A próxima temporada é muito importante e temos que deixar a emoção de lado para tomar decisões racionais.”
Ele defende que a próxima temporada já deve ser pensada a partir de agora ao sugerir que na próxima rodada alguns jogadores não enfrentem o Santo André, no ABC paulista.
“A minha ideia é que todos que têm contrato para a próxima temporada e o clube tem interesse em permanência entrem de férias agora para que possam voltar até o dia dez de dezembro”, lembrou. O elenco do Náutico está de folga até amanhã. A reapresentação será apenas na quarta-feira.

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