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22 de novembro de 2010

Flamengo x Sport vai virar filme


Flamengo e Sport protagonizam eterna discussão sobre título de campeão brasileiro de 1987

Chamaram-lhe Copa União, mas, 23 anos depois de sua realização, o Campeonato Brasileiro de 1987 continua gerando é mesmo discórdia. As discussões sobre o título — que é do Sport, assegurado pelos tribunais desportivos e também pelo Supremo Tribunal Federal, mas o Flamengo clama para si — não estão perto de terminar. E, senão um novo capítulo, uma recapitulação histórica está a caminho de ser lançada. Um documentário está em fase de produção pela carioca Coqueirão Pictures, e a previsão de lançamento é o primeiro semestre de 2011.
O filme se chamará Copa União e não tomará partido em afirmar quem venceu. Retratará as versões de todos os lados. Inclusive o dos rivais dos dois rubro-negros, que fazem galhofa de ambos. Em breve, mais novidades sobre o documentário, que ainda terá filmagens no Recife. O presidente do Sport na ocasião, e principal nome na "luta" pela posse da taça, Homero Lacerda será entrevistado.

A taça é do Sport e está em sua sede. O STF garantiu.
Diretor do filme, o carioca Diogo Dahl carrega em si o que parece ser a controvérsia do assunto. Torce tanto para o Sport quanto para o Flamengo. Do rubro-negro carioca aprendeu a gostar assistindo às partidas no Maracanã. Do rubro-negro pernambucano tornou-se torcedor por influência de sua família, oriunda de Arcoverde-PE. Famosa família, por sinal. Diogo é sobrinho-neto de Agamenom Magalhães e filho do renomado cineasta Nelson Pereira dos Santos.
O rubro-negro "duplo" não vê contradição em torcer pelos dois times; pelo contrário, acredita na compatibilidade. "Sou rubro-negro tanto do Sport como do Flamengo. Nunca entendi essa história de os dois serem incompatíveis. Só traz prejuízo para os dois times. A gente está tentando fazer o filme para tentar fazer um espírito de paz. Uma discussão sadia", disse Diogo.

Mas o Flamengo clama o título, com o qual seria Hexa
Além de tudo que se passou nos gramados e nos tribunais, o filme vai trazer um panorama do futebol e da própria economia do Brasil na época. Tempos difíceis. "A gente quer contar como era o Brasil na época. O Brasil era outro. A gente tem imagens incríveis, de lanchonetes que marcavam preço, e aí de repente o preço mudava pela inflação, e tinha quebra-quebra. A CBF estava falida porque não tinha dinheiro para organizar o campeonato. Os clubes foram atrás de dinheiro. A situação financeira do futebol nacional era de crise, e da economia do País também. Dessa crise surgiu a oportunidade desses clubes se organizarem", diz.

Esse detalhe é importante para dar à obra um valor histórico que vai além da questão de quem foi campeão, de quem mereceu. A ideia parece muito boa. Tem potencial para se tornar um ótimo documentário.

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