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12 de setembro de 2019

Por falta de qualificação, Porto Digital não consegue preencher mil vagas de emprego


O Porto Digital, o mais relevante parque tecnológico urbano do Brasil, com 328 empresas e faturamento de R$ 1,9 bilhão por ano, tem mil vagas de emprego abertas desde julho, com salários iniciais que variam entre R$ 2.500 e R$ 3.000, mas não consegue preenchê-las por absoluta falta de qualificação dos candidatos.

Os profissionais com curso superior na área de tecnologia que concorreram aos postos apresentaram carências de formação para desempenhar as funções oferecidas. A tentativa infrutífera de conseguir profissionais qualificados é considera um alerta diante do atual momento do país, em que o governo corta bolsas de pesquisas nas universidades.

Mais de cinco mil pessoas enviaram seus currículos pela internet para trabalhar em uma das empresas do Porto Digital. Deste total, 2.000 mil foram cortados logo de início por não terem formação na área de tecnologia. Como o desemprego segue alto, com mais de 11 milhões de trabalhadores em busca de uma chance, até gente com diploma em área inadequada, como Letras, se inscreveu.

Os outros três mil candidatos não puderam ser aproveitados por não se encaixarem nas exigências mínimas das empresas. Os perfis mais procurados são programadores em início de carreira e engenheiros de software. Dados do último censo do ensino superior do MEC (Ministério da Educação) apontam que 2.600 alunos entram todos os anos nas universidades públicas e privadas de Pernambuco nos cursos de ciência da computação, engenharia da computação e sistemas de informação, os três principais da área de tecnologia. Deste total, 620 se formam anualmente.

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