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26 de fevereiro de 2015

Público do clássico inferior a Serra Talhada x Salgueiro

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Dezoito de dezembro de 1983. Setenta e seis mil, seiscentas e trinta e seis pessoas pagaram para ver o Santa Cruz vencer o Náutico nos pênaltis depois de um empate por 1×1 no tempo regulamentar e sagrar-se supercampeão pela terceira vez. Vinte e cinco de fevereiro de 2015. Quatro mil, seiscentas e vinte e seis pessoas estavam na Arena Pernambuco para ver o tricolor ganhar de virada por 2×1. Sim, o primeiro jogo em questão foi disputado num Arruda em que todo mundo poderia se espremer e ver o jogo em pé. O segundo numa moderna arena construída para receber a Copa do Mundo e com capacidade para 46 mil pessoas cuidadosamente sentadas.
Enquanto isso, no Nildo Pereira, em Serra Talhada, 4.859 pessoas acompanharam o time homônimo da cidade vencer o Salgueiro por 1×0. Se perder para as equipes consideradas intermediárias tornou-se algo corriqueiro para os grandes da Capital, na quarta-feira os interioranos surpreenderam ao colocarem mais gente do que um confronto que completa 97 anos em 2015.
Era tão pouca gente na arena que os gritos faziam eco, bem diferente de casa cheia, quando a gritaria vira uma massa sonora. Esses quatro mil e poucos deveriam provocar uma reflexão em todos os envolvidos com a competição. Sim, as campanhas de alvirrubros e tricolores não são boas, mas só isso afasta o público? Como ir para um jogo se não se sabe direito como voltar para casa?
Três ônibus levaram os alvirrubros da Arena Pernambuco para o Cais de Santa Rita. Outros dois fizeram o mesmo com os tricolores. Ele, o torcedor, que gera renda quando compra ingresso, se associa e compra camisa, foi largado no ponto de partida dos bacurais, ônibus que circulam durante a madrugada. E cada um que se virasse para chegar ao seu destino.
Mesmo saindo de campo vencedores, o técnico Ricardinho e o zagueiro Alemão, ambos do Santa Cruz, ficaram preocupados com o que viram. Ou com o que não viram:

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