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18 de janeiro de 2013

Com estádio interditado, o Pesqueira está sem lugar para treino e jogo


(PAULO PAIVA/DP/D.A.PRESS)
Estádio está interditado pela FPF. Clube tenta a liberação para o 2° turno
O chão tem aqueles pequenos riscos quadriculados, característicos da seca. As porções de terra são tão grandes quanto às de grama. Há quem brinque: “Tem muita grama nesta areia”, ironizou um torcedor. O campo é repleto de buracos. É amarelado. É irregular. As arquibancadas só suportam 1,8 mil pessoas. O apertado banco de reservas é de cimento batido. O banheiro? Melhor nem comentar. “A cidade não estava preparada para uma Série A”, cravou o técnico Humberto Santos. Ex-volante de Náutico e Santa Cruz, o treinador sente o peso de comandar um time sem estrutura. Recém-promovido da Série A2 do Pernambucano, o Pesqueira se prepara à base de superação. O estádio Joaquim de Brito, por sinal, está interditado pela Federação Pernambucana de Futebol (FPF). Sem lugar para treino e jogo.

A expectativa da diretoria é de recuperar o estádio para o segundo turno do Estadual. Falta muito. Uma arquibancada móvel deve ser alugada para aumentar a capacidade a 3,2 mil espectadores. Até lá, o Pesqueira manterá a rotina nômade em outras cidades. Em Arcoverde, há uma semana, por exemplo, o time chegou a marcar um treino em um campinho da Polícia Militar. Ao chegar e se deparar com o estrago do local, desistiu. “Vamos fazer apenas uns 20 minutinhos de corrida, para não perder a viagem”, afirmou Humberto, com um visível tom de decepção. Os primeiros duelos vão ser disputados no Sesc Mendonção, sede do Belo Jardim. Os treinamentos serão divididos entre um campo agrícola em Belo Jardim e outro de uma associação em Arcoverde.

O time possui algumas figuras conhecidas dos pernambucanos, como o zagueiro Bebeto, o atacante Thomas Anderson (ambos ex-Santa Cruz) e o goleiro Geday (ex-Ypiranga). Recuperado de três cirurgias realizadas no dedo mindinho da mão direita, o arqueiro se diz pronto para voltar à meta e ajudar a equipe a atingir os objetivos. O primeiro, não há como esconder, é evitar o rebaixamento.

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