A velha ladainha

Apesar do desempenho ruim fora de casa, Gallo está confiante em um bom resultado fora

Sempre que o Náutico vai jogar fora de casa nesta Série A é a mesma ladainha. Jogadores, comissão técnica e diretoria, geralmente motivados por uma vitória em casa na rodada anterior, viajam afirmando que chegou a hora de embalar longe dos Aflitos. No embarque de ontem, para Campinas, não foi diferente.

Amanhã, contra a Ponte Preta, surge mais uma oportunidade para os alvirrubros vencerem fora dos seus domínios no Brasileirão, algo que não acontece desde o dia 7 de julho, quanto o time bateu o lanterna Atlético-GO, no Serra Dourada.

Levando em conta a boa campanha no Eládio de Barros Carvalho, fica claro que não precisaria nem de tanto esforço longe de casa para que o Náutico almejasse coisas melhores no campeonato. O líder Fluminense pode servir como parâmetro.

Das 14 partidas longe do Rio de Janeiro, o Tricolor das Laranjeiras venceu nove. É o melhor visitante da competição. O Náutico, porém, precisaria de bem menos para estar hoje na porta de entrada do G4.

Para isso, bastaria uma campanha mediana fora de casa - como, por exemplo, a do Internacional. Se tivesse vencido mais quatro partidas em território inimigo, a equipe de Conselheiro Rosa e Silva somaria 49 pontos - um a menos que o Vasco da Gama, quarto colocado da competição. Estaria, portanto, livre do fantasma do rebaixamento, na briga por uma vaga na Copa Libertadores da América e, matematicamente, até lutando pelo título nacional.

Embora a segunda vitória longe dos Aflitos esteja demorando a chegar, o treinador Alexandre Gallo segue otimista. Repetindo o discurso das outras 14 rodadas que jogou fora, falou que o problema encontra-se no detalhe. “Nós temos jogado bem, mas está faltando a bola entrar. Temos criado chances, independente de contra quem a gente jogue”, comentou o técnico, que, depois da Ponte Preta, terá mais quatro duelos longe do Recife.

Por sinal, três pontos frente à Macaca, no Moisés Lucarelli, podem levar o Timbu a ganhar duas posições na classificação, finalizando a rodada na sétima colocação da tabela. Precisaria, para isso, que o Corinthians não vença o Flamengo, em São Paulo, e que o Santos derrote o Botafogo no Rio de Janeiro.

Mandante
Se não fosse a campanha em casa, o rebaixamento já seria iminente. Nos Aflitos, em 14 jogos, foram dez vitórias, dois empates e só duas derrotas. Com um aproveitamento de 76.19%, é o quarto melhor mandante do Campeonato Brasileiro.

Saiba mais

O Náutico fora de casa

Figueirense 2 x 1 Náutico
Vasco 4 x 2 Náutico
Atlético-MG 5 x 1 Náutico
Atlético-GO 0 x 1 Náutico
Corinthians 2 x 1 Náutico
Palmeiras 3 x 0 Náutico
Portuguesa 3 x 1 Náutico
Internacional 0 x 0 Náutico
Flamengo 2 x 0 Náutico
Sport 0 x 0 Náutico
Cruzeiro 3 x 0 Náutico
Botafogo 3 x 1 Náutico
Grêmio 2 x 0 Náutico
Fluminense 2 x 1 Náutico