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12 de maio de 2012

A torcida do herói de 2006


Arquivo/DP/D.A Press
A defesa mais importante de Gustavo na final de 2006: o pênalti cobrado por Lecheva


Quando o volante Neto saltou para fazer o gol do Santa Cruz no fim da tarde de 9 de abril de 2006, foi como se um soco tivesse sido desferido no estômago dos rubro-negros. Um golpe duro demais. Nos acréscimos do segundo tempo, o título que estava nas mãos passou a ser decidido nos pênaltis. A incerteza tomou conta de quem já se sentia campeão. Descrença desfeita nas mãos de Gustavo, herói do último título conquistado sobre o Santa Cruz.

Naquele dia, Gustavo, 33 anos, ficou marcado pela defesa no pênalti de Lecheva. Se aquela bola entrasse, o Santa Cruz teria conquistado o bicampeonato. Ainda defendeu outras duas cobranças. A última, do volante Neto, autor do gol no tempo normal. Deixou para Hamilton sacramentar a vitória e dar início do renascimento do Leão. A missão agora é recuperar a soberania no estado.

E Gustavo vai estar torcendo de longe. Aposentado desde o ano passado, ele retornou para Uberlândia, para ficar perto da família. Mas não perdeu o contato com “time do coração”. Conserva muitos amigos na Ilha do Retiro. De jogadores a funcionários que trabalham na administração do clube. Conversa constantemente com eles. E vai estar conectado a eles, confiante, esperando o momento de comemorar mais um título. Desta vez, como torcedor.

ENTREVISTA // Gustavo

"Este domingo é só para levantar o troféu"

Helder Tavares/DP/D.A Press

A pressão
“A lembrança mais forte que eu tenho daquele dia era a pressão do estádio na hora em que Lecheva foi para a cobrança. Se ele faz, estava tudo acabado. Era uma pressão psicológica muito grande, mas eu consegui defender e manter o Sport vivo na briga.”

A grande defesa
“Levamos um gol no fim do segundo tempo. Eu ainda peguei o primeiro pênalti e isso revigorou. Deu força para seguir acreditando. Mas a defesa mais importante mesmo foi essa de Lecheva. Não tem como ser diferente.”

 O conselho“Se for para dar um conselho, eu diria que o campeão não se faz na decisão. É no dia a dia, nos treinamentos. Tenho certeza que a diretoria e o elenco trabalharam para ser campeões desde o começo da temporada. Esse domingo é só para levantar o troféu.”

O palpite“Sou rubro-negro de coração. Apesar de ter passado pelos rivais (Gustavo defendeu o Santa Cruz em 2009 e o Náutico em 2009/2010) e , nunca escondi isso de ninguém. Acredito no Sport e na conquista de mais esse título.”
Sempre ligado“Eu sempre acompanho os jogos do Sport. Inclusive, vou para o jogo contra o Cruzeiro, pela Série A, que será disputado em Uberlândia, onde moro atualmente. Até já entrei em contato com o pessoal do clube e deixei tudo marcado.”
Hoje“Foram 20 anos longe da família por conta da rotina do futebol. Agora, estou trabalhando junto com eles. Nós temos uma empresa que entrega comida caseira e ainda estou cursando psicologia (está no terceiro período).”

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