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4 de novembro de 2011

Sindicato mantém paralisação na Arena Pernambuco e marca nova assembleia

As cenas de confronto entre a Polícia Militar e operários não se repitiram nesta sexta-feira, na Arena Pernambuco. O número de viaturas diminuiu e de trabalhadores protestando também. No canteiro de obras do terreno localizado em São Lourenço da Mata, já foi possível observar o vaivem mais intenso das máquinas. O Sindicato dos Trabalhadores na Construção de Estradas, Pavimentação e Terraplenagem em Geral de Pernambuco (Sintepav-PE), contudo, garante que a paralisação continua até as reinvidicações sejam discutidas com a Odebrecht, empresa responsável pela construção.

A assembleia, que estava marcada para acontecer pela manhã, novamente não saiu do papel. Sem querer se identificar, alguns operários dizem que companheiros foram impedidos de sair do canteiro de obras para aderir ao movimento. Com isso, o Sintepav-PE promete realizar um nova reunião com os trabalhadores na próxima segunda-feira. "A polícia continua fazendo o papel do patrão. Não houve agressão dessa vez, mas alguns trabalhadores, após a refeição, foram proibidos de subir para que pudessem participar da assembleia", declarou o assessor do Sintepav, Leodelson Bastos, reiterando a denúncia.

O sindicato segue com as mesmas reivindicações que motivaram a categoria a iniciar a paralisação na última terça-feira. A premeira delas é com relação ao assédio moral. Alguns trabalhadores reclamam que o coronel reformado Eduardo Fonseca, contratado como chefe da segurança da obra, submete os operários a situações constragedoras. Por isso, pedem a saída dele.
Brenno Costa/DP/D.A Press
Nesta sexta-feira, já era possível observar mais trabalhadores no canteiro de obras
Por meio de uma nota oficial, a Odebrecht rebateu todas as acusações e assegurou que acionará a Justiça. "Não houve qualquer fato que possa ser enquadrado como assédio, violência ou truculência por parte dos mesmos colaboradores. Tais alegações por parte dos representantes do SINTEPAV, além de inverídicas, constituem crimes de injúria, difamação e calúnia que serão objeto de providências jurídico-policiais por parte dos ofendidos. Convém registrar que os citados colaboradores estão em seus cargos há quase um ano e, até a eclosão da abusiva paralisação, jamais haviam sido noticiadas pelo SINTEPAV, ou pelos trabalhadores, quaisquer práticas de irregularidades", diz o texto.

Outro ponto de insatisfação do Sintepav-PE é com relação à demissão de dois funcionários que fariam parte da Comissão Interna para Prevenção de Acidentes (Cipa). Algo que é proibido por lei. Portanto, a entidade exige que os trabalhadores sejam reintegrados. Na mesma nota oficial, a Odebrecht confirmou que a saída dos dois operários foi por justa causa já que os mesmos "instigaram os colegas a paralisarem a obra da Arena da Copa sem nenhuma razão plausível".

Além desses dois pontos, o assessor do Sintepav-PE, Leodelson Bastos, afirmou que outros trabalhadores que estã sendo integrados aos cerca de 1.400 operários da Arena Pernambuco com salários abaixo do estabelecido. "Além do assédio moral do coronel e da reitengração dos membros da Cipa, que têm estabilidade assegurada por lei, surgiu uma nova história que é o rebaixamento salarial. Alguns trabalhadores que vieram de outras obras, como da refinaria e da petroquímica, estão em situação até que se pode dizer como humilhante", disse.

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