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10 de março de 2011

Confusão com radialista reflete a insegurança de trabalhar nos Aflitos

O duelo entre Náutico e Vitória, nesta noite de quinta-feira, ficou marcado não apenas por causa da alta quantidade de gols, mas sim por tumultos e polêmicas. A última, quando jogadores e arbitragem tinham deixado o campo, teve como alvo um radialista da imprensa esportiva de Pernambuco. O jornalista precisou sair sob a escolta de vários policiais do Batalhão de Choque e debaixo de vaias e ameaças dos torcedores do setor das sociais.

Pior: o repórter precisou sair em meio aos torcedores. O fato só revela o quanto inseguro é trabalhar nos Aflitos, pois a sala de entrevista é praticamente acessível a qualquer pessoa e não há outro caminho para o local, a não ser por entre o público. Assim como as apertadas e desconfortáveis cabines de imprensa, onde, em 2010, inclusive, uma equipe de reportagem da TV Clube/Band teve o material roubado e recebeu ameaças.

O tumulto desta quinta-feira ocorreu quando o repórter noticiou o arremesso de um rádio contra Nando, lateral do Vitória. Com receio de ver o Náutico perder o mando de campo por causa da atitude, os torcedores iniciaram um coro de ameaça e intimidação contra o jornalista. Aparentemente, contudo, a arbitragem parece não ter registrado a ocorrência.

Já a revolta contra o lateral Nando surgiu quando o jogador marcou, de pênalti, o segundo gol do Vitória, tirou a camisa e partiu em direção da torcida alvirrubra. Os jogadores timbus perderam a paciência e foram tomar satisfação com o atleta, dando início à confusão. Nando recebeu cartão amarelo. Minutos depois, Derley fez falta violenta sobre o adversário e não recebeu punição. O treinador Roberto Fernandes notou uma aparente "perda de cabeça" do volante e o substituiu.

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