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1 de outubro de 2019

Demissão de 110 empregados da Caixa completa 28 anos nesta terça-feira

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Os anos 1990 foram marcados pela mobilização e resistência dos empregados da Caixa Econômica Federal contra as intenções privatistas de governos neoliberais.  Um dos fatos marcantes desse período foi a demissão de 110 empregados em 1º de outubro de 1991 por razões políticas. Esses desligamentos desencadearam uma rede de solidariedade na categoria, que viabilizou o apoio financeiro a esses trabalhadores até a readmissão deles, o que aconteceu somente após o impeachment do então presidente Fernando Collor, em 1992.
 Foram demitidos 50 trabalhadores em São Paulo, 30 em Belo Horizonte (MG) e outros 30 em Londrina (PR). O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Jair Pedro Ferreira, foi um dos empregados do banco público atingido pela medida arbitrária da direção da Caixa. “Durante um ano todos  os trabalhadores da Caixa se juntaram, através das suas entidades, junto com a Fenae, sindicatos e Apcefs,  o que permitiu que a gente resistisse e fossemos todos reintegrados um ano depois com a queda do governo Collor. Isso demonstra que com a solidariedade de classe, a união dos trabalhadores, das entidades, com todo mundo junto, a gente reverte qualquer situação”, disse Jair Ferreira ao relembrar o apoio que os demitidos receberam de colegas de todo o país.
Na época, a Fenae lançou a campanha “não toque em meu companheiro”, em prol dos 110 demitidos em 1991, mobilizando 35 mil empregados da Caixa que doaram o equivalente a um dia de ticket alimentação. Essa história será contada em um documentário que a Federação está produzindo com depoimentos de pessoas que foram demitidas nesse período.
Outras demissões
No início no governo do ex-presidente Fernando Collor , foram demitidos 2,5 mil empregados concursados. O ato, classificado de arbitrário e abusivo, gerou em todo o Brasil intensa campanha pela manutenção dos demitidos. A readmissão dos demitidos foi uma das principais conquistas da campanha salarial de 1990, constando em acordo coletivo. O mote da campanha realizada pelas entidades associativas e sindicais foi “Readmitir para não destruir a Caixa – um banco social”.
  Por FENAE

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