Por: Estado de Minas
As novas regras da aposentadoria ainda precisam passar pelo Senado Federal. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil |
A
Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada desta quarta-feira (7), o
texto-base da reforma da Previdência. Foram computados 370 votos a
favor, 124 contra e uma abstenção. As novas regras da aposentadoria
precisam passar pelo crivo do Senado Federal.
Nessa
terça-feira (6), os deputados federais iniciaram a análise da proposta
de reforma em 2° turno. Foram protocolados oito destaques supressivos
até as 22h30, sendo sete da oposição e um do partido Novo: a expectativa
é de que eles sejam analisados nesta quarta. Por 304 votos a nove, os
parlamentares rejeitaram todos os destaques individuais.
O primeiro turno da reforma foi votado na Câmara em 12 de junho. No final dos trabalhos, foram aprovadas mudanças que suavizaram as regras para professores, policiais, homens e mulheres. Mesmo com as mudanças, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho afirmou naquela data que a economia com a reforma nas regras de aposentadoria e pensão deveria ficar em torno de R$ 900 bilhões em dez anos.
Após
muito debate, Rodrigo Maia informou à meia-noite que a votação do
texto-base seria a última do dia. Uma nova sessão foi marcada para as 9h
desta quarta e a ordem do dia será aberta às 11h. O presidente da
Câmara acrescentou ainda que os trabalhos nas comissões da Casa serão
suspensos.
O primeiro turno da reforma foi votado na Câmara em 12 de junho. No final dos trabalhos, foram aprovadas mudanças que suavizaram as regras para professores, policiais, homens e mulheres. Mesmo com as mudanças, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho afirmou naquela data que a economia com a reforma nas regras de aposentadoria e pensão deveria ficar em torno de R$ 900 bilhões em dez anos.
Segundo Marinho, tratava-se
ainda de uma estimativa e a equipe econômica trabalharria para refinar
os cálculos. A projeção considera que a redução na economia com o
abrandamento das regras ficou entre R$ 50 bilhões e R$ 70 bilhões.
O
valor final ficou abaixo da meta de economia de R$ 1 trilhão estipulada
pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes. Mas, segundo Marinho, a
aprovação da medida provisória 871, convertida na lei 13.846, de combate
às fraudes na concessão de benefícios do INSS, fará com que a União
ganhe "pouco mais de R$ 200 bilhões" nos próximos dez anos a partir de
2020.
Em 15 de junho, o vice-presidente Hamilton
Mourão disse que em até seis anos a Previdência teria que voltar a ser
discutida, uma vez que a reforma "não era da forma como nós, governo,
gostaríamos". A declaração foi feita durante um evento no Rio.
Nessa
terça-feira, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), voltou a
dizer que estima em 45 a 60 dias a duração das discussões da reforma da
Previdência na Casa.
Alcolumbre falou com
jornalistas após uma reunião com governadores na residência oficial, que
discutiram com o senador a reinclusão dos Estados e municípios na
reforma.
A ideia discutida entre líderes é que a
reinclusão seja feita através de uma Proposta de Emenda Constitucional
(PEC) Paralela. A estratégia permitiria a aprovação do texto principal
sem alterações, e sem a necessidade de voltar para a Câmara.
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