Webradiotop1FM

30 de dezembro de 2014

Caça-Rato encerra um ciclo

José Neves Cabral
As resenhas esportivas apontam a possível saída de Flávio Caça-Rato do Santa Cruz. Tenho aqui pra mim que a despedida dele do Mundão encerra um ciclo do Mais Querido. E não tenho certeza de que o futuro será melhor do que o presente e o passado com o folclórico ídolo da torcida tricolor.
Com o cabelo pintado de amarelo, muita ginga e uma sinceridade quase ingênua nas entrevistas, Caça-Rato virou um popstar no Arruda. Chegou quando o clube estava na Série D e está saindo com o Santa na Série B. Quem se atreve a dizer que ele fracassou com a camisa tricolor?
Encarnou, como ninguém, a lenda da cinderela ao avesso. Entrou um baile e virou o dono da festa. Fez o gol que levou o clube a subir de divisão. Depois, marcou um dos gols na conquista do título de 2013, em plena Ilha do Retiro.
E ainda há quem diga que ele é apenas folclore… Neste caso, podemos dizer que o folclore, sim, acabou sendo maior que o talento. E ele passou a ser visto apenas com um exótico jogador, que também carrega um apelido exótico. Mas quem o acompanhou nesses quatro anos de Arruda sabe que ele é muito mais do que folclore.
Veio de baixo. Jogou nas divisões de base do Sport. Foi dispensado. Dali, ressurgiu na Cabense, onde era destaque. Lembro de um golaço que fez de bicicleta no Central e das inúmeras vezes que ajudou sua equipe a encaixar golpes surpreendentes nos ‘grandes da Capital’. Foi assim que despertou o interesse dos tricolores.
Para quem já teve em seu elenco atletas de nomes exóticos como Botinha e Miruca, Caça-Rato até que não caía tão mal. Este ano, o nosso herói teve pouquíssimas chances no time titular. No Campeonato Pernambucano, Vica já tinha os seus preferidos. Depois, veio Sérgio Guedes com os dele. Oliveira Canindé já pegou o bonde andando, e um Caça-Rato desmotivado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário