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4 de dezembro de 2011

Adeus Sócrates, obrigado gênio

Gênio politizado, Sócrates era brasileiro até no nome: Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira. Nos deixou aos 57 anos, mas não esteve aqui apenas à passeio. Seu legado passa pela genialidade de um artista da bola e da consciência política, incomum ao atletas de sua profissão.
Ele reiventou o toque de calcanhar, refinou o trato com a bola e nos apresentou uma visão de jogo, bastante peculiar. Revelado no Botafogo-SP, tornou-se um dos maiores ídolos do Corinthians, mas também atuou pelo Flamengo, Santos e Fiorentina. Além de participar da Copa do Mundo de 1982 - equipe esta considerada por muitos como a melhor seleção brasileira em termos de qualidade técnica - e 1986, e Copa América de 1979 e 1983.
Porém, como poucos, destacou-se também no extra-campo. Foi um dos mentores da Democracia Corinthiana, movimento ideológico o qual jogadores participavam da gestão do clube, em questão de contratações, concentração, premiação, dentre outras coisas.
Ao parar de jogar, formou-se em medicina e trabalhava como comentarista na TV Cultura e colunista do "Agora São Paulo" e da "Carta Capital".
Por sua saúde debilitada, por causa do alcoolismo, o desfecho era iminente. Mas o poder da crença na melhora do homem que nos ensinou que futebol vai além das quatro linhas era o placebo. Não deu certo. Doutor Sócrates se foi fisicamente, no entanto, seu legado o manterá por muito anos no imaginário popular. Ele era incomum, ele era um gênio.
Adeus e obrigado Sócrates.

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