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7 de abril de 2011

Náutico, 110 anos de Glória

Acompanhei as histórias que meu pai contava sobre o passado glorioso que o Náutico já viveu. Eram histórias que me faziam viajar no tempo. O Náutico já nasceu grande, forte como agremiação de remo em 1901 com Alfarra à frente. Antes já surgira o Recreio Fluvial que deu origem ao Clube Náutico Capibaribe. Demorou um bom tempo para voltar as suas atenções ao futebol profissional, e seu primeiro título só veio em 1934.

A vocação ao pioneirismo timbu, sempre foi evidente em Pernambuco, tendo sido o primeiro clube a ter estádio próprio (1939), a fazer uma partida com uma equipe do exterior(1937), a jogar no exterior (1950), a jogar na Europa (1953), a jogar no Maracanã (1965) e a jogar a Taça Libertadores da América(1968), a ser hexacampeão (1967) e a ser campeão do Centenário(2001).

O Náutico sempre foi aristocrático, diferenciado, um clube simpático e querido Brasil a fora. Doa em quem doer, mas sempre foi o mais amado pelos mais ilustres pernambucanos. Clube das elites e hoje um clube que faz a alegria do governador até o gari, do rico ao pobre. Um clube que deixou para trás um passado preconceituoso de cor e raça, e passou a educar meninos carentes do bairro da Guabiraba, através do CT Wilson Campos. Um clube que evoluiu muito nos últimos tempos.

Derrotas fizeram parte do nosso passado também, mas elas só nos ensinaram a amar o Náutico ainda mais. Foi com as dificuldades que crescemos. Hoje segundo o Instituto Datafolha, em pesquisa realizada em 2010, a nossa torcida já ultrapassou a do Santa Cruz. Acompanhei Bizu, meu ídolo da infância, um artilheiro nato. Não tinha habilidade, mas era bom de gol, um matador implacável, que fazia a alegria da família alvirrubra. Lembro de Newton, excelente ponta esquerda, rápido como uma flecha, e que fazia o trabalho de garçom para Bizu. Jogava ao lado de Nivaldo, autor do gol mais rápido da história do futebol brasileiro em uma partida contra o Atlético-MG.

Vi Sangaletti, Walace, Adriano, Mauri, Nilson, Eduardo, Kuki, Jorge Henrique, Paulo Leme, Tiago Tubarão, Eduardo Ramos e tantos outros craques que envergarem o manto sagrado vermelho e branco. Muitos ainda virão para brilhar com a nossa segunda pele, e pediremos a eles que respeitem e honrem esta camisa, pois ela representa uma legião de apaixonados e carrega a memória de bravos heróis do passado.

Náutico continua tua saga de vitórias, estaremos sempre perto de ti, vibrando com tuas glórias e reconstruindo teu futuro para os próximos 110 anos, afinal teu caminho é de luz, e teu passado é um orgulho.

* Bruno Sampaio Gomes - Alvirrubro e Administrador de Empresas.

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